terça-feira, 8 de novembro de 2011
sábado, 20 de novembro de 2010
Deboche
Carnes, pés, vinhos e copos.
Não venha nefasta autora, colocar o dedo
Não formigueiro daquele bueiro.
Não me venhas com sua ironias,
blasfémias, suas heresias, suas poesias
Em alusão às estátuas de Atenas.
Não cante o épico do homem e o sémen da mulher
Não se finja cristã, nem queira provar à hóstia
Não minta sobre pecado,
Resignando o seu estado de óbito
Sobre parábolas narradas
Cantadas
Faladas
Oradas
Masturbadas
Não venhas com cruzes e espadas,
Não crie vilões e muito menos mocinhos.
Não sufoque a rima
Nem tente fazer dela sua anfetamina.
Não tente tirar o catarro, cuspindo pingos de escárnio.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
A Maçã de Eva
A maçã de Erva
Há maçãs que só apetecem trincar.
Há maçãs que nos fazem ter água na boca, vermelhas, brilhantes, formosas. Que nos fazem deseja-las.
Há maçãs feias e sem cor, que mais nos agrada é deixa-las ao lixo, mas que, quando acabam, nós obriga quase a morder os lábios...
Há também maçãs podres, essas nós amargam a vida.
Todas elas representam, desde sempre, o pecado, em todas as suas formas, texturas, cores e sabores.
Depois de muitas maçãs - algumas descascadas a rigor, outras mordidas sem dó nem piedade - Nós 4 Ervas de muitos desejos, decidimos compartilhar com o mundo nossas aventuras do dia-a-dia: homens, sapatos, roupas, desejos e alguns outros vícios mais ou menos confessáveis...
Estamos espalhadas por ai, eternas perdidas brincando de se acharem.
Aqui fica o aviso, nos choramos, rimos, vivemos em pecado. O nosso vizinho do lado.
Blessed be.
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Ilha das Flores
Espero que gostem desse longa metragem, achei super interessante e até engraçado. Embora esse assunto não tenha um pingo de graça, ficou mais interativo na forma em que foi mostrado.
È um absurdo seres que se julgam superiores, racionais, portadores de uma grande inteligência e socialização tratarem os seus e a própria natureza de forma tão egoísta e desumana. Isso para mim é mais uma prova de que todo o raciocínio lógico apresentado por polegares opositores e antecefalo altamente desenvolvido não são uma coisa tão superior, claro que não por causa da forma que alguns ( nada de estereótipos) os usam. Espero que gostem do senhor SUZUKI !
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sábado, 28 de agosto de 2010
Odile
Odile
Cisnei negro
Negro como a noite
Noite que traz em seu seio reluzente lua
Reluzente lua na negra noite
Negra noite de Odile
Negros são os cabelos
noite sem lua
Negros são os olhos
tudo retêm nada transmitem
Negra é a pele
negra e reluzente como a lua
Lua de noite negra
Negra noite de Odile
Odile reina
Odile traz
a outra versão
versão de quem faz
faz os dois caminhos
Caminho do bem
Caminho do mau.
Autor: Arya
sábado, 14 de agosto de 2010
Devaneios
Ela seguia confiante de suas pretenções, se sentia dona de seus mistérios, seus desejo...
Dona de um dicionário infinito, significados e explicações nunca lhe faltaram,
porém o essencial não estava nos livros, estava na vontade com a qual os devorava por completo.
Da mesma forma, a beleza não mora no amor e sim na forma que nos doamos a ele.
O ímpar é sempre o sinal de um egoísmo solítario, de quem nunca soube ser par.
Então ela colheu rosas e desejou os li rios, duvidou de si mesma, se sentiu digna de ensinar e dar conselhos, perdeu a fé, amou. sonhou com a uma terra do outro lado da porta, onde haviam flores caídas, barcos no céu, e no ar cheiro de jasmim.
Mas tudo não passava de rabisco no papel.
Blessed be.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Fatalidade das coisas
Os séculos desfilavam num turbilhão e, não obstante, porque os olhos de delírio são outros, eu via tudo o que passava diante de mim, flagelos e delicias, desde essa coisa que se chama glória até essa outra que se chama miséria, e via o amor multiplicando a miséria, e via a miséria agravando a debilidade. Aí vinha a cobiça que devora, a cólera que inflama, a inveja que baba e a enxada e a pena,úmidas de suor, e a ambição, a fome, a vaidade, a melancolia, a riqueza, o amor, e todos agitavam o homem, como um chocalho, até destruí-lo, como um farrapo. Eram as varias formas de um mal, que ora mordia a víscera, ora mordia o pensamento e passeava eternamente as suas vestes de arlequim em derredor da espécie humana. A dor cedia alguma vez, mas cedia a indiferença, que era um sono sem sonho, ou ao prazer, que era uma dor bastarda.
Então o homem, flagelado e rebelde,corria diante da fatalidade das coisas, atrás de uma figura nebulosa e esquiva, feita de retalhos, um retalho de impalpável, outro de improvável, outro de invisível, cosidos todos a ponto precário, com a agulha da imaginação, e essa figura, nada menos que a quimera da felicidade, ou lhe fugia perpétuamente, ou deixava-se apanhar pela fralda e o homem a cingia ao peito e, então, ela ria, como um escárnio, e sumia-se, como uma ilusão.
Texto retirado da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Machado de Assis
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